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A mostrar mensagens de janeiro, 2018

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Todos vocês conhecem a Tabacaria de Álvaro de Campos, não? Bem, se não conhecem, deveriam conhecer porque é uma das "obras" de Fernando Pessoa mais ilustres e admiráveis. Deixo aqui o link  da Tabacaria para, se quiserem, ler. Venho com este tema hoje porque há 3 anos atrás (ou seja, no meu 12º ano), tive uma paixão intensa pela Tabacaria. Tudo começou quando a minha professora de português disse à minha turma que íamos ter uma palestra, ora todos sabem que palestras são bastante aborrecidas e que, normalmente, os oradores não cativam muito a atenção, pois, mas esta palestra foi diferente. O orador desta foi Sandro William Junqueira , um escritor, ator e encenador. A palestra foi acerca do seu trabalho e de um dos livros (que, por acaso, eu comprei) " No céu não há limões ". No entanto, a única parte que tenho bem presente na minha memória foi quando, Sandro William Junqueira, começa a proclamar a Tabacaria, foi das coisa

"O título não é mau, e a alma é ser-se"

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Desculpem desde já a ausência, mas a falta de tempo (ou de vontade) vem de mãos dadas com as repercussões de crescer e de nunca ter tempo para parar e pensar sobre algo. É sobre este crescimento que vos venho falar hoje. Como já falei em posts anteriores, Pessoa falava no crescimento como sendo o condutor do nosso pensamento lúcido. Pensamos demasiado nas coisas, questionamos tudo e vivemos pouco o momento. (último post  em que falei dessa questão: " Pensar é estar doente dos olhos "). Mais uma vez vos falo em tom de desabafo, crescer foi algo que me apercebi que me tinha afetado há relativamente pouco tempo. Comecei a olhar para trás (não é um passado assim tão longínquo), amigos com quem tinha uma relação muito próxima, neste momento não passam de estranhos, pelos quais apenas mantenho uma relação de cortesia, as contas de casa para pagar, contar todos os tostões até ao último centavo. Comecei a dar valor a uma tarde de descanso

"O destino da loucura que os tomou" II

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Na continuidade do post anterior, hoje venho-vos falar um bocadinho deste tão maravilhoso livro. O "Ano da Morte de Ricardo Reis"começa na linha temporal em Dezembro de 1935, um mês depois de Fernando  Nogueira Pessoa falecer. Ricardo Reis vivera no Rio de Janeiro, Brasil até então, onde exercia a sua profissão, médico de clínica geral. Chega a Lisboa via marítima e aloja-se num hotel, onde, passado alguns dias ele já vê aquele pequeno quarto como uma casa pois, quando partiu, não deixou nada naquela cidade. No segundo dia, Reis visita o cemitério para ver a campa de Fernando Pessoa, esta "viagem" por este local foi das que mais me marcou, pois, Ricardo Reis, durante o caminho lê a missa que fizeram a Pessoa, no dia do seu enterro e este discurso é absolutamente arrepiante. Quando Ricardo Reis chega finalmente à campa, os sentimentos que Saramago coloca na escrita são palpáveis (eu chorei nesta parte, admito). Quando est