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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

"O destino da loucura que os tomou" I

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Na continuidade do post anterior, em que falei acerca do livro do Desassossego, hoje venho-vos falar acerca de outro livro. No outro dia, estava eu pronta para dormir, no entanto, faltava-me o melhor, sono. Então pensei, "e porque não começar a ler um livro novo?", foi o que fiz, tinha começado um recentemente mas a sua escrita não me estava a agradar (às vezes acontece), então desisti e decidi, naquela noite, começar um novo livro. E é sobre este último que vou falar neste post. No dia 8 de Janeiro de 2017, fui com os meus pais ao Porto, já há algum tempo que lhes tinha pedido para me levarem à famosa livraria Lello e, nesse dia, fomos visitá-la. Tivemos de pagar um bilhete para visitar a livraria, no entanto, podíamos reaver esse valor do bilhete se comprássemos um livro. Eu adoro livros e qual é a melhor recordação que podemos levar de uma livraria se não... um livro? Visitei, sempre com o objetivo de encontrar O livro, não u

"Um apoio longinquo para o meu desasocego."

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Hoje começo com uma pergunta: quem gostava de ter grandes obras na palma da mão e à distância de um clique? Pois, eu gostava e tive acesso a uma versão digital do Livro do Desassossego e fiquei felicíssima. O Livro do Desassossego foi escrito pelo semi-heterónimo, Bernardo Soares, e já conta com 4 edições diferentes, o livro já tem 104 anos, foi pela primeira vez editado em 1913 e, agora os seus leitores levam com uma lufada de ar fresco ao saber que, pela primeira vez existe em formato digital. Esta versão chama-se Arquivo LDoD (Arquivo Digital Colaborativo do Livro do Desassossego) e foi apresentado na Faculdade de Letra da Universidade de Coimbra (FLUC). Quando me chamaram a atenção desta atualização fui logo pesquisar acerca disto, e ao ver o arquivo em si, penso que está super bem organizado, reúne numa versão digital, 4 versões do Livro do Desassossego, à primeira vista parece um pouco confuso, mas basta clicar naquilo que se quer le

"Todo o nada que és é teu"

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Hoje venho falar-vos um pouco no seguimento do post anterior, o pensamento, a dor de pensar, a maturidade para pensar e até que ponto é que estes estão connosco. No entanto hoje vou falar acerca do pensamento e desta visão que temos pelo mundo mas do ponto de vista de um animal, o gato. Os gatos, esses seres tão peculiares, tanto têm de amorosos como de malvados. Existe um poema de Pessoa que fala especificamente de um gato, o "gato que brincas na rua". "Gato que brincas na rua Como se fosse na cama, Invejo a sorte que é tua Porque nem sorte se chama. Bom servo das leis fatais Que regem pedras e gentes, Que tens instintos gerais E sentes só o que sentes. És feliz porque és assim, Todo o nada que és é teu. Eu vejo-me e estou sem mim, Conheço-me e não sou eu." Como referi no post passado, Fernando Pessoa falava deste gato como tendo inveja do seu instinto e da sua felicidade porque, este apenas

"Pensar é estar doente dos olhos"

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Saudações seguidores do Nandi.Persona, Hoje venho-vos falar mais num tom de desabafo, sobre a dor do pensamento, este que nos assola quando menos esperamos. Pessoa referia a questão do pensamento como algo que a idade lhe trouxe, " Fernando Pessoa sente-se condenado a ser lúcido ", este questiona ao longo da sua obra poética a dor de pensar, pois, esta o obriga a questionar tudo à sua volta, sendo esta um entrave à sua felicidade, por isso, Pessoa sentia "inveja" de felicidade alheia, de pessoas que não pensavam e até, de animais. Mais uma vez Fernando Pessoa acerta em tudo aquilo que mais nos apoquenta a vida, só que com a genialidade que só ele conseguia fazer.  Todos nós pensamos, naturalmente, pensamos acerca de tudo e acerca de todos, só que, por vezes, este pensamento corrompe-nos, corrompe as nossas ações, as nossas éticas, os nossos valores, a nossa vida, até ao ponto em que, não pensar seria tão mais fácil.  Só que pensar não tem interruptor, que po